segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Os Indios de Sergipe

O elemento da pluralidade destas sociedades, levando em consideração a grande diversidade de povos e línguas faladas, presentes num mesmo território, onde muitas destas línguas foram extintas com seus povos. Em relação ao território de cada tribo, apresenta-se da seguinte forma: Os Tupinambás dominavam a faixa do litoral Sergipano, os Kiriri mais ao Sul de Sergipe, os Boimé, Kaxagó, Katu, Xocó, Romari, Aramuru e karapotó ao Norte de Sergipe próximo ao Rio São Francisco.

As relações sociais e de trabalho são diferentes entre as tribos e variam de acordo com seus costumes, os Tupinambá, por exemplo, uniam-se por laços de parentesco, alianças matrimoniais e atividades guerreiras. Nas aldeias as famílias viviam em malocas e cada maloca era representada por um chefe, que por sua vez se reunia com os chefes das outras malocas na tomada das decisões. O território da tribo era de uso comum, mas as roças cultivadas e os instrumentos pertenciam às famílias ou ao indivíduo que os produzia.

A divisão do trabalho entre os Tupinambás era feito a partir do sexo, as mulheres desempenhavam alguns tipos de atividades, como os cuidados com as malocas, com o plantio, cultivo, colheita, coleta e preparo de alimentos, com o auxilio nas pescarias, com a fabricação de redes, cerâmicas e bebidas, com a fiação do algodão e o cuidado com os animais domésticos, sendo que as mulheres velhas ainda recolhiam flechas para os guerreiros nas lutas.

Todos os alimentos produzidos, coletados, caçados ou pescados pertenciam à família que os produziu, mas a depender da época ou da escassez de alimentos, estes podiam ser divididos para atender as necessidades de todos, pois a generosidade era uma das formas de conseguir prestígio no grupo.

A guerra era uma oportunidade de vingar seus parentes mortos, de obter prestígio, de reafirmar seu território, de ser o rito de passagem para os Tupinambás mais jovens e de obter prisioneiros de guerra para serem sacrificados em rituais que fortaleciam as alianças com as tribos amigas. 
Em relação ao colonizador, se as tribos reagissem ou atrapalhassem seus interesses, este passava a destruir as tribos, subjugá-las ao seu domínio ou até mesmo dizimá-las totalmente. E com a chamada “Guerra Justa”, os portugueses encontraram um subterfúgio legal para declarar guerras e obter escravos para o trabalho, contando com o auxílio de índios de tribos rivais para dizimar e escravizar outras tribos, incentivando os índios a guerrearem entre si, promovendo massacres, mas proibindo a antropofagia e os rituais indígenas, a exemplo a guerra de 1590 em Sergipe, onde há relatos que sob o comando de Cristóvão de Barros havia cerca de 3000 índios, seus prisioneiros foram levados para Bahia e escravizados.
Os missionários e os colonos tinham suas divergências, mas seus interesses eram os mesmos, pois ambos queriam escravizar os índios e tomar as suas terras, cada um a sua maneira.

Em Sergipe no ano de 1853, o Presidente da Província José Antônio de Oliveira Silva, pede ao Imperador a extinção da Diretoria Geral dos Índios em Sergipe, decretada extinta em 06 de Abril de 1853. Com isso Sergipe passou a afirmar a inexistência de índios em seu território, amparado na lei iniciou a tomada de suas terras e deixou de ter obrigações para com a manutenção dos índios aldeados.

Equipe de Produção:
Adones Vieira
Diego Rodrigues
Edilson Santos
Larissa Dantas
Marília Conceição
Natielly Patrícia
Paloma Batista


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